Peguei no meu Sonho
e atei-lhe um cordel
passeei-o pelo mundo,
montada num corcel...
Vi Meninos Estrelas
descansados a dormir
vi as suas mães
ao seu lado a sorrir.
E vi outros Meninos
que não eram Estrelas
mas queriam sê-las!
Vi Meninos Estrelas
à mesa a estudar
vi seus professores
a seu lado a ensinar.
E vi outros Meninos
que não eram Estrelas
e queriam sê-las!
Vi Meninos Estrelas
a brincar em paz
num mundo
que a todos satisfaz.
E vi outros Meninos
que não eram Estrelas
mas queriam sê-las.
Peguei nos meu sonho
e fiz uma oração...
Pedi Alegria
Pedi Paz
Pedi Pão.
Para que todos os Meninos
que queiram ser Estrelas
possam também sê-las.
Peguei no meu sonho
atei-lhe um cordel
lancei-o às estrelas
para que um dia
Todos os meninos possam sê-las!
sábado, 30 de maio de 2009
Sonhei com Estrelas
Peguei no meu Sonho
e atei-lhe um cordel
passeei-o pelo mundo,
montada num corcel...
Vi Meninos Estrelas
descansados a dormir
vi as suas mães
ao seu lado a sorrir.
E vi outros Meninos
que não eram Estrelas
mas queriam sê-las!
Vi Meninos Estrelas
à mesa a estudar
vi seus professores
a seu lado a ensinar.
E vi outros Meninos
que não eram Estrelas
e queriam sê-las!
Vi Meninos Estrelas
a brincar em paz
num mundo
que a todos satisfaz.
E vi outros Meninos
que não eram Estrelas
mas queriam sê-las.
Peguei nos meu sonho
e fiz uma oração...
Pedi Alegria
Pedi Paz
Pedi Pão.
Para que todos os Meninos
que queiram ser Estrelas
possam também sê-las.
Peguei no meu sonho
atei-lhe um cordel
lancei-o às estrelas
para que um dia
Todos os meninos possam sê-las!
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Ser de Música
quinta-feira, 21 de maio de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Margaridas da Serra
Um dia, uns homens muito maus magoaram o filho da rainha e ela ficou muito,muito triste!
( como a Ovinho chorou quando o Miguelito se magoou no olhinho cor de azeitona!)
Então a Rainha foi para a serra e começou a chorar, a chorar e não havia nada que a fizesse voltar a sorrir...
Os pastores também estavam muito tristes sem saber o que fazer, quando se lembraram que podiam pedir ajuda às suas estrelas que brilhavam no céu!
As estrelas que também gostavam muito daquela Rainha, foram a correr chamar os anjos do Céu para eles as ajudarem. Assim foi!
Os anjos vieram e com as suas mãozinhas de anjo, recolheram as lágrimas da Rainha e sopraram-lhes para que elas se espalhassem e não lhe molhasse mais o vestido.
Então, como por magia, as lágrimas transformaram-se em flores pequeninas, brancas como a neve e com corolas douradas como as estrelas...
E cobriram os vales e os campos da serra. A Rainha , quando viu a sua serra tão bonita, sorriu... e os pastores, as estrelas e os anjos sorriram também. Desde aí, que na primavera a serra da Rainha se enche de flores pequeninas que os pastores dizem que são "margaridas da serra". Estas florinhas não se podem plantar nos nossos jardins,porque são as lágrimas da rainha que sorriem para todas as pessoas que passeiam na serra e alegram os seus corações... Como vês Margarida, o teu nome agora já tem um bocadinho mais de magia... Espero que tenhas gostado! Deixo-te uma beijoquinha muito grande, cheia de pó de estrela mágico. (para o Miguelito da Ovinho, e para as netinhas da Tite, também deixo pózinhos de estrela)
O Pastor e a Estrela
Olhar o céu todas as noites, decifrar linguagens das estrelas, lua, nuvens e ventos era momento de prazer sempre renovado.
Quando se está só, as coisas que nos rodeiam ganham outra importância. Temos tempo para elas, entendemo-las, deixamos que entrem connosco na nossa vida. E à noitinha, no veludo negro do céu, via estrelas lindas, lindas que não sabe por que loucura ouvia falar. Aquele barulho e o tremeluzir ritmavam melodias, conversas, confidencias... E os jogos que faziam? Fugiam para um lado e para o outro, escorregavam sabe-se lá para onde, dançavam... Escondiam-se!
Era então que o pastor desdobrava recordações, passeando pelo Largo da sua Infância com acenos de felicidade... E lembrava-se das histórias com estrelas. Todos tínhamos uma no céu, dizia-se. Boa ou má... Ah! Se um dia descobrisse a sua Estrela!!!
Noite após noite, procurava um sinal, um sussurro... A Lua olhava-o divertida e aguardava serenamente poder assistir ao encontro do pastor e da sua Estrela.
Era nas noites sem sono que o som da flauta subia mais alto no silêncio.
O brilho da minha estrela
Aquece o negro do céu;
Espreito-a pela janela,
Marco encontro: ela e eu.
Sou jovem enamorado
À noite mato a saudade,
Desce no sopro da Estrela
Um sol de Felicidade.
- Pastor, sou a tua Estrela! Pastor, sou a tua Estrela! - ouviu-se.
Era lá possível! Cantigas, são cantigas! Não queria acreditar! Esfregou os ouvidos, os olhos. E ouviu de novo:
- Pastor, sou a tua Estrela!
E tremeluzia rindo em brilho de poeta e paz. O pastor teve receio. Beliscou-se até doer para sentir que estava acordado. E estava mesmo... Porque a Estrela continuava:
- Que linda a tua serenata! Diz-me os teus anseios, mas pensa bem, antes de decidires. Traçado o Caminho da Vontade, partiremos juntos, e não voltaremos atrás. Quando quiseres, chama-me! Sou a tua Estrela.
E afastou-se devagarinho.
Prisioneiro daquela voz que lhe oferecia viagens, deixou fugir as ideias para paraísos sumarentos. Abandonou-se a uma loucura saborosa e teceu aventuras que acariciou com o desejo semeado pela espera. Queria partir, conhecer serranias altas, coroadas de branco...
Numa noite luminosa olhou o céu:
- Estrela, minha Estrela. Sou eu que te chamo! Vem comigo!
O cheiro das lareiras da aldeia entranhava-se no ar e bafos tépidos, conhecidos, aconchegavam e prendiam as gentes. Mas o pastor tinha de seu apenas a solidão e uma vontade que recusava resignação e bolores. Vizinho de um mundo de sonho, partiu com a Estrela mais brilhante. Marcou os caminhos que percorreu com a alegria. Irrequieto e insubmisso, em cada terra, um sonho novo subia-lhe à cabeça e reinventava o gosto de viver. Fascinava-o uma criança, um regato de cantilenas, uma romã aberta... Eram imagens que soldava ao corpo, para construir pilares capazes de exorcizar tristezas, hipocrisias, azedumes.
O pastor tinha escolhido uma Boa Estrela.
Os anos passaram. Os caminhos da montanha rendilhados de branco estavam próximos. No céu, a Estrela brilhava cada vez mais intensamente. Entrava-lhe todas as noites nas palheiras que lhe serviam de abrigo. Desafiava-o feliz para todos os percursos até ao local do seu encantamento. Do alto da Serra, dominaria horizontes mais largos e maior seria o seu prazer franciscano de se emocionar, admirar e acariciar ternamente o que o rodeava.
- Pastor, sou a tua Estrela! Estamos perto. - confidenciava-lhe.
Flautas mágicas cantavam com o sopro do vento. O pastor cansava-se, subia... A Estrela à sua frente, corria, corria, corria em fúria de chegar.
- Tão bonita a Serra!
- Tão bonita a Serra! Ecoavam as vozes voando longe, longe, longe.
Pastor mergulhou o olhar nos rumores e espaços marcados por pedras e lagoas, plantas e bichos a quem ouviria histórias... para contar.
Ali ficaria. Com a Estrela sua companheira, Amiga e conselheira, durante uma vida. Esperavam que a noite descesse para as longas conversas e confidências...
Diz-se que o Rei cioso das maravilhas do seu reino, teve conhecimento desta Amizade. E quis a Estrela. Coleccionador de raridades aspirava possuí-la.
- Dou-te o que pedires. Ofereço-te poder e privilégios que nunca conheceste em troca da tua Estrela.
No rosto do pastor desenhou-se a admiração:
- Não posso dá-la! - elucidou - É a minha Estrela e ficará comigo para sempre. Vossa Majestade pode escolher uma no Céu.
O Rei não acreditava no que ouvia:
- Recusas as riquezas, o bem-estar, poderios? Não sabes o que fazes. Para que te serve uma estrela se não tens mais nada?
- Eu tenho um dom digno de deuses. Conheço meu caminho. Tracei-o com as minhas mãos; povoei a vida com alegrias - e algumas tristezas! - que não posso oferecer, nem trocar, nem esquecer... Fizeram de mim o que sou...
A Estrela ouviu o pastor. Na noite de veludo brilhou com maior fulgor.
Ainda hoje, todas as noites se vê na Serra uma Estrela linda, estranha, diferente de todas as outras. Acompanha o pastor e é sempre... ternamente apaixonada pelos pastores e pela Serra a que deu o nome:
A Serra da Estrela.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Estrela
Obrigada, Estrela!
Recebeste-me num abraço de mãe...
vi-te
cheirei-te
senti-te.
Pelos teus dedos
escorreste o frio da minha alma.
Senti-a degelar
com a doçura de um raio de sol
que espera os corações inquietos.
A neve derrete
e lava as lágrimas que entopem
num soluço que não tem fim.
O dia deu lugar à noite
e a noite trouxe
como de encomenda
um milhão de estrelas
num abraço apertado
de um tempo que se recupera
em beijos e doçura.
Obrigada Estrela
pelos teus braços
que sempre me confortam
pela tua boca em forma de brisa
que murmura recados
embrulhados em papel de seda.
És e serás sempre a minha Estrela!
segunda-feira, 11 de maio de 2009
desassossego
Não sei que desassossego é este
que me consome
que me rói a alma
como um buraco
que aparece feito do nada.
E o nada é tristeza
amargura,
são sonhos desfeitos,
como uma cama por fazer
porque dela já não vem nenhum prazer.
São olhos que olham o sol
e não o vêm brilhar,
são mãos
que plantam as flores
e não as vêm crescer,
(nem sequer há vontade de as cheirar!)
Até o cheiro é diferente!
cheira a mofo, como casa fechada
sem morador para voltar.
é como um coração
que trocou o vermelho
pelo branco asséptico de um hospital...
(e eu que não tenho máscara
para por lá andar...)
Onde estão os meus anjos, os meus duendes,
os meus ratinhos dos dentes,
as minhas fadas das flores
as minhas estrelas brilhantes,
os meus querubins?
Se os virem,
dêem-lhes um beijinho por mim!
Eu estou a hibernar! (na primavera)
terça-feira, 5 de maio de 2009
Nem tudo são margaridas...
Nem tudo são Margaridas,!
Há também os Guis e os Manéis!
( e outros muitos, que não acabam em éis)
Do Gui, nada tenho, a não ser a recordação de uns olhos azuis (cor de miosótis, a minha flor preferida) , malandrecos a olhar para mim. As histórias do Gui estão guardadas na caixinha mágica da Assis.
Mas o Manel, esse é um bocadinho de poeira de estrela minha.
Não pensem que são de agora os seus dotes de ilustrador... olhem bem para a imagem e vejam o que o Manel fazia com 3 anos!!!
Já nessa altura ele preferia a bola, em grandes jogatainas com o outro Manel ( o Prata), mas quando tinha que se esmerar, lá fazia o grande esforço de estar sentado e dos seus deditos saíam maravilhas sem fim! se alguém me perguntava:
- Foi ele que fez sozinho?
Se o Manel ouvia, punha-se muito sério do alto do seu metro e qualquer coisa e dizia:
- Claro que fui ! e sem ajuda, porquê?
As lembranças escorrem-me pelos dedos... e pelos olhos!
Tanto tempo, tantas estrelinhas que agora cintilam neste universo que pouco olha para elas, preocupados que estão com os seus úmbigos!
Quem fala destas estrelas cintilantes que estão à espera que alguém olhe para o seu brilho?
O Manel, o Gui, a Margarida, têm sorte, pois têm um Pin-Gente que é Gran-gente que cuida deles, como um jardineiro cuida das suas flores.
Mas tantos embalei nos meus braços, tantos ajudei a sonhar e a lutar e ainda assim continuam, parados no tempo, sem que ninguém os deixe brilhar...
Para os meus Manéis, Joanas, Paulos, Ritas e outras mil estrelas, um sopro de pó de memórias, cheiinho de magia, de esperança e de carinho.
Guardo-vos no meu coração.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
A história de um Blog
sábado, 2 de maio de 2009
A Mãe
A Mãe é um Sol a sorrir
e um Anjo a brilhar,
é uma Flor a abrir,
e uma formiguinha a trabalhar.
Sabe sempre o que eu quero
até parece uma fada,
mas se eu faço asneiras,
faz lembrar a trovoada.
Mas eu gosto muito dela
mais do que do chocolate,
dou-lhe muitos beijinhos,
mesmo quando ela me bate!
Neste Dia da Mãe
vou dar-lhe um presente
só para a minha mãe
ficar muito contente!
Este poema foi feito com a colaboração das crianças da sala dos 5 anos do Jardim de Infância de Valinhos, para o Dia da Mãe de 2004. Para essas estrelinhas brilhantes, aqui fica um xi coração do tamanho do mundo.

