sábado, 30 de maio de 2009

Sonhei com Estrelas

Peguei no meu Sonho e atei-lhe um cordel passeei-o pelo mundo, montada num corcel... Vi Meninos Estrelas descansados a dormir vi as suas mães ao seu lado a sorrir. E vi outros Meninos que não eram Estrelas mas queriam sê-las! Vi Meninos Estrelas à mesa a estudar vi seus professores a seu lado a ensinar. E vi outros Meninos que não eram Estrelas e queriam sê-las! Vi Meninos Estrelas a brincar em paz num mundo que a todos satisfaz. E vi outros Meninos que não eram Estrelas mas queriam sê-las. Peguei nos meu sonho e fiz uma oração... Pedi Alegria Pedi Paz Pedi Pão. Para que todos os Meninos que queiram ser Estrelas possam também sê-las. Peguei no meu sonho atei-lhe um cordel lancei-o às estrelas para que um dia Todos os meninos possam sê-las!
Esta poesia foi escrita por mim em 2007, quando com as minhas Estrelinhas Brilhantes do jardim de Infância de Valinhos, descobrimos a Fome, a Guerra e a Poluição, num trabalho de pesquisa que envolveu um ano lectivo todo. Estou a criar um blog novo, só com trabalhos das minhas Estrelinhas que conheci em muitos "Céus. Brevemente, espero, poderão ver como elas brilham com Pó de Estrelas.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ser de Música

No teu ser encontro a minha música, os sons do meu encanto e do meu desencanto. No a segurança que teu abraço me dá, no a esperança de outra vida cá. O Mi lembra bigodes e miados que se misturam com o Fá em noites de pagodes e de fados. Sol... Sol és tu! são tuas mãos teus carinhos teu sorriso, teus abraços... Lá...nas altas serras, as penedias, o sonho, as magias outros caminhos, ...o retorno, os desenlaços... Si, o culminar! o ar que falta quando se quer avançar. a vontade de não voltar, de estar só. A procura e a loucura de um novo Dó! No teu ser encontro a minha música, o renascer!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Outras Estrelas!
Meigos, leais, brincalhões e sempre com brilho de Estrela!

As Cores da Vida

Urze, Giesta e Carqueja. Os tons da Estrela em Maio

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Margaridas da Serra

Margarida Vou contar-te uma história... Era uma vez,há muitos,muitos anos, uma Senhora muito linda, que morava no alto da Serra da Estrela. Ajudava os cães que também se chamam Estrela a tomar conta dos pastores, das cabrinhas e das ovelhinhas que viviam na Serra. Todos os pastores gostavam muito dela e até lhe fizeram um trono na serra porque Ela era a sua Rainha!

Um dia, uns homens muito maus magoaram o filho da rainha e ela ficou muito,muito triste! ( como a Ovinho chorou quando o Miguelito se magoou no olhinho cor de azeitona!) Então a Rainha foi para a serra e começou a chorar, a chorar e não havia nada que a fizesse voltar a sorrir... Os pastores também estavam muito tristes sem saber o que fazer, quando se lembraram que podiam pedir ajuda às suas estrelas que brilhavam no céu! As estrelas que também gostavam muito daquela Rainha, foram a correr chamar os anjos do Céu para eles as ajudarem. Assim foi! Os anjos vieram e com as suas mãozinhas de anjo, recolheram as lágrimas da Rainha e sopraram-lhes para que elas se espalhassem e não lhe molhasse mais o vestido. Então, como por magia, as lágrimas transformaram-se em flores pequeninas, brancas como a neve e com corolas douradas como as estrelas...

E cobriram os vales e os campos da serra. A Rainha , quando viu a sua serra tão bonita, sorriu... e os pastores, as estrelas e os anjos sorriram também. Desde aí, que na primavera a serra da Rainha se enche de flores pequeninas que os pastores dizem que são "margaridas da serra". Estas florinhas não se podem plantar nos nossos jardins,porque são as lágrimas da rainha que sorriem para todas as pessoas que passeiam na serra e alegram os seus corações... Como vês Margarida, o teu nome agora já tem um bocadinho mais de magia... Espero que tenhas gostado! Deixo-te uma beijoquinha muito grande, cheia de pó de estrela mágico. (para o Miguelito da Ovinho, e para as netinhas da Tite, também deixo pózinhos de estrela)

O Pastor e a Estrela

Olhar o céu todas as noites, decifrar linguagens das estrelas, lua, nuvens e ventos era momento de prazer sempre renovado.

Quando se está só, as coisas que nos rodeiam ganham outra importância. Temos tempo para elas, entendemo-las, deixamos que entrem connosco na nossa vida. E à noitinha, no veludo negro do céu, via estrelas lindas, lindas que não sabe por que loucura ouvia falar. Aquele barulho e o tremeluzir ritmavam melodias, conversas, confidencias... E os jogos que faziam? Fugiam para um lado e para o outro, escorregavam sabe-se lá para onde, dançavam... Escondiam-se!

Era então que o pastor desdobrava recordações, passeando pelo Largo da sua Infância com acenos de felicidade... E lembrava-se das histórias com estrelas. Todos tínhamos uma no céu, dizia-se. Boa ou má... Ah! Se um dia descobrisse a sua Estrela!!!

Noite após noite, procurava um sinal, um sussurro... A Lua olhava-o divertida e aguardava serenamente poder assistir ao encontro do pastor e da sua Estrela.

Era nas noites sem sono que o som da flauta subia mais alto no silêncio.

O brilho da minha estrela

Aquece o negro do céu;

Espreito-a pela janela,

Marco encontro: ela e eu.

Sou jovem enamorado

À noite mato a saudade,

Desce no sopro da Estrela

Um sol de Felicidade.

- Pastor, sou a tua Estrela! Pastor, sou a tua Estrela! - ouviu-se.

Era lá possível! Cantigas, são cantigas! Não queria acreditar! Esfregou os ouvidos, os olhos. E ouviu de novo:

- Pastor, sou a tua Estrela!

E tremeluzia rindo em brilho de poeta e paz. O pastor teve receio. Beliscou-se até doer para sentir que estava acordado. E estava mesmo... Porque a Estrela continuava:

- Que linda a tua serenata! Diz-me os teus anseios, mas pensa bem, antes de decidires. Traçado o Caminho da Vontade, partiremos juntos, e não voltaremos atrás. Quando quiseres, chama-me! Sou a tua Estrela.

E afastou-se devagarinho.

Prisioneiro daquela voz que lhe oferecia viagens, deixou fugir as ideias para paraísos sumarentos. Abandonou-se a uma loucura saborosa e teceu aventuras que acariciou com o desejo semeado pela espera. Queria partir, conhecer serranias altas, coroadas de branco...

Numa noite luminosa olhou o céu:

- Estrela, minha Estrela. Sou eu que te chamo! Vem comigo!

O cheiro das lareiras da aldeia entranhava-se no ar e bafos tépidos, conhecidos, aconchegavam e prendiam as gentes. Mas o pastor tinha de seu apenas a solidão e uma vontade que recusava resignação e bolores. Vizinho de um mundo de sonho, partiu com a Estrela mais brilhante. Marcou os caminhos que percorreu com a alegria. Irrequieto e insubmisso, em cada terra, um sonho novo subia-lhe à cabeça e reinventava o gosto de viver. Fascinava-o uma criança, um regato de cantilenas, uma romã aberta... Eram imagens que soldava ao corpo, para construir pilares capazes de exorcizar tristezas, hipocrisias, azedumes.

O pastor tinha escolhido uma Boa Estrela.

Os anos passaram. Os caminhos da montanha rendilhados de branco estavam próximos. No céu, a Estrela brilhava cada vez mais intensamente. Entrava-lhe todas as noites nas palheiras que lhe serviam de abrigo. Desafiava-o feliz para todos os percursos até ao local do seu encantamento. Do alto da Serra, dominaria horizontes mais largos e maior seria o seu prazer franciscano de se emocionar, admirar e acariciar ternamente o que o rodeava.

- Pastor, sou a tua Estrela! Estamos perto. - confidenciava-lhe.

Flautas mágicas cantavam com o sopro do vento. O pastor cansava-se, subia... A Estrela à sua frente, corria, corria, corria em fúria de chegar.

- Tão bonita a Serra!

- Tão bonita a Serra! Ecoavam as vozes voando longe, longe, longe.

Pastor mergulhou o olhar nos rumores e espaços marcados por pedras e lagoas, plantas e bichos a quem ouviria histórias... para contar.

Ali ficaria. Com a Estrela sua companheira, Amiga e conselheira, durante uma vida. Esperavam que a noite descesse para as longas conversas e confidências...

Diz-se que o Rei cioso das maravilhas do seu reino, teve conhecimento desta Amizade. E quis a Estrela. Coleccionador de raridades aspirava possuí-la.

- Dou-te o que pedires. Ofereço-te poder e privilégios que nunca conheceste em troca da tua Estrela.

No rosto do pastor desenhou-se a admiração:

- Não posso dá-la! - elucidou - É a minha Estrela e ficará comigo para sempre. Vossa Majestade pode escolher uma no Céu.

O Rei não acreditava no que ouvia:

- Recusas as riquezas, o bem-estar, poderios? Não sabes o que fazes. Para que te serve uma estrela se não tens mais nada?

- Eu tenho um dom digno de deuses. Conheço meu caminho. Tracei-o com as minhas mãos; povoei a vida com alegrias - e algumas tristezas! - que não posso oferecer, nem trocar, nem esquecer... Fizeram de mim o que sou...

A Estrela ouviu o pastor. Na noite de veludo brilhou com maior fulgor.

Ainda hoje, todas as noites se vê na Serra uma Estrela linda, estranha, diferente de todas as outras. Acompanha o pastor e é sempre... ternamente apaixonada pelos pastores e pela Serra a que deu o nome:

A Serra da Estrela.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Estrela

Obrigada, Estrela! Recebeste-me num abraço de mãe... vi-te cheirei-te senti-te. Pelos teus dedos escorreste o frio da minha alma. Senti-a degelar com a doçura de um raio de sol que espera os corações inquietos. A neve derrete e lava as lágrimas que entopem num soluço que não tem fim. O dia deu lugar à noite e a noite trouxe como de encomenda um milhão de estrelas num abraço apertado de um tempo que se recupera em beijos e doçura. Obrigada Estrela pelos teus braços que sempre me confortam pela tua boca em forma de brisa que murmura recados embrulhados em papel de seda. És e serás sempre a minha Estrela!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

desassossego

Não sei que desassossego é este que me consome que me rói a alma como um buraco que aparece feito do nada. E o nada é tristeza amargura, são sonhos desfeitos, como uma cama por fazer porque dela já não vem nenhum prazer. São olhos que olham o sol e não o vêm brilhar, são mãos que plantam as flores e não as vêm crescer, (nem sequer há vontade de as cheirar!) Até o cheiro é diferente! cheira a mofo, como casa fechada sem morador para voltar. é como um coração que trocou o vermelho pelo branco asséptico de um hospital... (e eu que não tenho máscara para por lá andar...) Onde estão os meus anjos, os meus duendes, os meus ratinhos dos dentes, as minhas fadas das flores as minhas estrelas brilhantes, os meus querubins? Se os virem, dêem-lhes um beijinho por mim! Eu estou a hibernar! (na primavera)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Nem tudo são margaridas...

Nem tudo são Margaridas,! Há também os Guis e os Manéis! ( e outros muitos, que não acabam em éis) Do Gui, nada tenho, a não ser a recordação de uns olhos azuis (cor de miosótis, a minha flor preferida) , malandrecos a olhar para mim. As histórias do Gui estão guardadas na caixinha mágica da Assis. Mas o Manel, esse é um bocadinho de poeira de estrela minha. Não pensem que são de agora os seus dotes de ilustrador... olhem bem para a imagem e vejam o que o Manel fazia com 3 anos!!! Já nessa altura ele preferia a bola, em grandes jogatainas com o outro Manel ( o Prata), mas quando tinha que se esmerar, lá fazia o grande esforço de estar sentado e dos seus deditos saíam maravilhas sem fim! se alguém me perguntava: - Foi ele que fez sozinho? Se o Manel ouvia, punha-se muito sério do alto do seu metro e qualquer coisa e dizia: - Claro que fui ! e sem ajuda, porquê? As lembranças escorrem-me pelos dedos... e pelos olhos! Tanto tempo, tantas estrelinhas que agora cintilam neste universo que pouco olha para elas, preocupados que estão com os seus úmbigos! Quem fala destas estrelas cintilantes que estão à espera que alguém olhe para o seu brilho? O Manel, o Gui, a Margarida, têm sorte, pois têm um Pin-Gente que é Gran-gente que cuida deles, como um jardineiro cuida das suas flores. Mas tantos embalei nos meus braços, tantos ajudei a sonhar e a lutar e ainda assim continuam, parados no tempo, sem que ninguém os deixe brilhar... Para os meus Manéis, Joanas, Paulos, Ritas e outras mil estrelas, um sopro de pó de memórias, cheiinho de magia, de esperança e de carinho. Guardo-vos no meu coração.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A história de um Blog

Dei comigo a pensar o quanto perdi, enquanto não conheci a palavra"Blog"! Logo eu, que penso conhecer tantas palavras, escondidas em milhares de livros, lidos, relidos, gastos de mãos, de olhares e alguns até de lágrimas! Sobre esses, falava aqui e ali principalmente com a minha mana "bengalinha"que sofre da mesma livromania...de tal forma que uns moram em casa dela e outros, moram na minha! Mas sou sincera,"Blog" não fazia parte das minhas palavras comezinhas! Um dia, depois de alguém ler uma mensagem escrita por mim, disse- me com uns olhos muito sérios (por isso vi que não era a brincar), que devia começar a publicar as minhas "escritas". (Surgiu então a tal palavra) - Porque é que não crias um Blog? Claro que não mostrei parte de fraca, dizendo que nunca tinha ouvido tal, e disse que, talvez... quem sabe um dia... Curiosa como sou, assim que pude, fui procurar o tal "blog"e confesso que a primeira visita me deixou um pouco "corada", não é que eu seja puritana, nada disso, mas aquilo apanhou-me de surpresa...foi só isso. Por curiosidade, já disse que sou muito curiosa, fui espreitar um comentário, e para minha surpresa, remetia-me para outro "blog" que até era simpático!!! E foi assim de blog em blog que eu aprendi mais alguma coisa na minha vida. Um dia, no meio das teclas, não sei bem como foi, tropecei num blog que se chama pin-gente e que mesmo de costas (os blogs também têm costas!, ou não sabiam?) reconheci o perfil de alguém muito especial para mim, que várias vezes me lançou as suas bóias de salvação. Foi a minha revelação! cá em casa já dizem com um ar um pouco ameaçador:- Lá estás tu no computador! Pois é meus amigos, vim para ficar e daqui não arredo pé! Quem se quer afastar, quando alguém como eu que gosta tanto de ler, ver e saborear coisas bonitas, as encontra todos os dias e nem precisa de as pagar... ? Só se fosse tola e tola não sou, pelo menos para já! Só fiz algumas tolices,mas penso que só por elas não fico registada. Bom, aqui têm a história de um Blog que o foi antes de saber que o era! Gostaram? Qualquer dia há mais. Vitória, vitória... Acabou a história! ( por favor, não digam: - "conta outa vês!") Querem saber uma coisa? já vou ter xatisses! esqueci-me de meter as batatas no forno!!!!!! Tudo, por causa das Bloguisses! beijos

sábado, 2 de maio de 2009

A Mãe A Mãe é um Sol a sorrir e um Anjo a brilhar, é uma Flor a abrir, e uma formiguinha a trabalhar. Sabe sempre o que eu quero até parece uma fada, mas se eu faço asneiras, faz lembrar a trovoada. Mas eu gosto muito dela mais do que do chocolate, dou-lhe muitos beijinhos, mesmo quando ela me bate! Neste Dia da Mãe vou dar-lhe um presente só para a minha mãe ficar muito contente! Este poema foi feito com a colaboração das crianças da sala dos 5 anos do Jardim de Infância de Valinhos, para o Dia da Mãe de 2004. Para essas estrelinhas brilhantes, aqui fica um xi coração do tamanho do mundo.